domingo, 18 de novembro de 2012

DRD4. O gene da infidelidade


A ciência acabou de dar uma boa desculpa para as pessoas que possuem características e personalidades mal vistas pela sociedade: os genes. Sim. Atitudes como promiscuidade e alcoolismo podem ser genéticas.
Segundo o novo estudo, as predileções para a promiscuidade estão parcialmente no DNA das pessoas. Uma versão particular do gene receptor de dopamina chamado DRD4 está ligada à tendência das pessoas em relação tanto a infidelidade quanto a noites de sexo descompromissado.

Os pesquisadores reuniram um histórico detalhado do comportamento sexual e dos relacionamentos de 181 adultos jovens. Eles também coletaram amostras de DNA dos voluntários, e analisaram as amostras para checar a presença do gene DRD4.

Os resultados mostraram que os indivíduos com uma determinada variação do gene DRD4 tinham mais probabilidade de ter um histórico de sexo descompromissado, incluindo ficadas de uma noite e atos de infidelidade.

Pessoas com alguma variante do gene foram cerca de duas vezes mais propensas a relatar histórico de encontros casuais do que as pessoas sem a variante do gene. Também, metade das pessoas com o gene informou ter cometido infidelidade no passado, em comparação com 22% das pessoas sem a variante.
A motivação parece resultar de um sistema de prazer e recompensa, no qual certos atos cometidos pelas pessoas com o gene causam a liberação de dopamina no organismo. Nos casos de sexo casual e traição, os riscos são altos, as recompensas substanciais e a motivação variável; todos esses elementos garantem um pico de dopamina.

Ainda assim, os pesquisadores afirmam que o estudo não promove uma desculpa para os transgressores. As relações observadas na pesquisa são associativas, o que significa que nem todo mundo com este genótipo fará sexo descompromissado ou cometerá infidelidade.

Na verdade, muitas pessoas sem este genótipo tem o mesmo tipo de atitude. O estudo apenas sugere que uma proporção muito maior de pessoas com este tipo genético são propensas a ter tais comportamentos.
No passado, o mesmo gene já foi ligado a vícios como alcoolismo ou jogos de azar, assim como a emoções menos destrutivas como paixão por filmes de terror. Outro estudo do gene também o ligou a uma maior abertura para novas situações sociais, por sua vez relacionada com o liberalismo político.  [LiveScience]



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